quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Reprovação e conscientização nas Escolas.



- Somos aprovados por obrigação! – disse Meg a Johnny.
- Como assim, Meg? – perguntou Johnny.
- Funciona assim Johnny – respondeu Meg.

- Nós temos que estudar o ano inteiro, mas logo no início já estamos aprovados, independente de nossos rendimentos, comportamentos, a única exigência é nossa presença.

- Ta brincando! – exclamou Johnny – Então não preciso me preocupar com o conteúdo passado em sala de aula? – perguntou Johnny.
- Não precisamos nem prestar atenção no que o professor está falando em sala de aula! – respondeu Meg.
- Isso é uma maravilha! – afirmou Johnny.
- O que aconteceu? Algum garoto de nossa idade foi eleito a governador e aprovou esta lei para nos favorecer? – indagou Johnny.
- Não! Pelo que parece funciona assim! – disse Meg.

1. O aluno não mostra interesse pela matéria.


2. O aluno tem dificuldade de aprendizagem e seu rendimento é baixo para ser aprovado.

3. O professor não tem treinamento, e muitas vezes não tem recursos para dar uma aula interativa.

4. O professor não consegue despertar interesse no aluno pela matéria, interesse que este já decidiu não ter.

5. O governo é contra a repetência nas escolas, mais de um ano na mesma série é prejuízo.

6. Quanto maior o interesse maior a facilidade de aprendizagem que gera o melhor rendimento, que se transforma em conhecimento e, com conhecimento demasiado a pessoa passar a ter cultura e é claro um senso crítico, que por sua vez passa a notar coisas absurdas que empurram para nós.

Meg começou a desabafar para o amigo, que concordava com a cabeça.

- Afinal, quando meu pai paga os impostos ele está comprando serviços do tipo:
- Segurança;
- Saúde;
- Educação;
Complementou Meg.

- Mas desta forma ele não está comprando o serviço de educação, está comprando um diploma! – concluiu Johnny.

- Entendeu o sistema? – perguntou Meg.

- Quando um paciente fica doente e é hospitalizado é preciso que o médico lhe dê alta hospitalar para que ele possa ir embora e isso deve acontecer quando o paciente estiver em condições plausíveis. Se assim não o fosse, o paciente poderia morrer, ou viver mal pelo resto de sua vida devido às seqüelas! – exemplificou Meg já vermelha de nervosismo.

- Quando nos dão este tipo de educação morremos na sociedade, pois não temos cultura garantida, e vivemos mal pelo resto de nossas vidas pela defasagem no conhecimento, na cultura, no senso crítico, que para este país seria um avanço e em contrapartida seria a queda no poder de muitos, que ainda estão lá pela falta de senso crítico deste povo! – finalizou Meg explodindo.

- Infelizmente poucos como nós temos esta consciência Meg, pois os outros não se interessam por este tipo de assunto, é como se já estivesse cravado em suas cabeças, que estes problemas, não somos nós que resolveremos! – afirmou Johnny amargamente.

- Meg, o correto seria haver reprovação para poder punir os alunos que não se interessam e aqueles que atrapalham as aulas? – perguntou Johnny desconfiado.

- Claro que não Johnny! – respondeu Meg.

- Analise comigo, fazemos uma prova e não atingimos o rendimento adequado, mas sabemos que de qualquer forma seremos aprovados! – explicou Meg - Saímos para a vida à procura de uma faculdade pública e um emprego e em ambos temos que realizar avaliações, eis a questão:
- Se teve um rendimento baixo na escola, acreditas que serás aprovado em uma das avaliações? – indagou Meg.
- Acredito que não. E acredito também que os propósitos de reprovação não sejam excluir ou punir, e sim qualificar o aluno, sem deixar que este tenha uma defasagem em seus conhecimentos! – afirmou Johnny.

- Você entendeu mesmo Johnny, porém este assunto é muito delicado e complexo, pois envolve a cultura da sociedade a qualificação dos profissionais da educação e os métodos adotados para conscientizar, educar, entusiasmar, incentivar, motivar os alunos. – finalizou Meg.

- Estamos bem conscientizados a respeito deste assunto não é Meg? – indagou Johnny.
- Sim, pois nossos pais nos conscientizaram e temos senso crítico graças a isto! – concordou Meg.

“Ensinar é:
- Praticar o que sabemos e descobrir o que ainda não Aprendemos!” “Elias G. Baltazar”

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